O Laboratório – Histórico
A Direção do antigo Centro Técnico Aeroespacial (CTA), hoje Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial, consciente do desafio de se criar uma divisão cujas atividades seriam orientadas, essencialmente, para tópicos avançados em desenvolvimento tecnológico e em ciência pura e aplicada, decidiu criar, no antigo Instituto de Atividades Espaciais (IAE), hoje Instituto de Aeronáutica e Espaço, a Divisão de Estudos Avançados (DEA) em 22 de Agosto de 1977.
Vídeo apresentado na Inauguração do T3 em Dezembro de 2006
Em 22 de Outubro de 1981, foi criado o Laboratório de Estudos Avançados formado basicamente pelos integrantes do DEA, transferindo-se para nova localização, no quilômetro 5,5 da Rodovia dos Tamoios, no bairro Putim, em São José dos Campos, ocupando uma área de aproximadamente 50 hectares, desligando-se da estrutura organizacional do IAE.
Em 2 de Junho de 1982, foi criado o Instituto de Estudos Avançados (IEAV), instituto integrante do CTA, através do Decreto no 87.247.
O IEAv, organização do Comando da Aeronáutica (COMAER), tem por finalidade realizar pesquisas, básica e aplicada, de desenvolvimento de tecnologias experimentais e de estudos avançados, atribuições decorrentes dos Planos e Programas estabelecidos pelo CTA.
Atualmente o IEAv é formado pela Direção (DIR), Vice-direção (EVD), por três divisões de apoio: Divisão Administrativa (EAD), Divisão de Infra-estrutura e Apoio (EIA) e Divisão de Suporte Tecnológico (EST); e cinco divisões técnicas: Divisão de Fotônica (EFO), Divisão de Geo-Inteligência (EGI), Divisão de Energia Nuclear (ENU), Divisão de Física Aplicada (EFA) e Divisão de Aerotermodinâmica e Hipersônica (EAH).
As atividades na área de aerotermodinâmica e hipersônica iniciaram no IEAv em 1986, com o estudo de aplicação de laser em escoamento hipersônico, realizado no existente tubo de choque, durante o mestrado, pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA/CTA), do então Ten Eng Marco Antonio Sala Minucci. Após a realização do doutorado de Minucci, em 1992, no Rensselaer Polytechnic Institute (EUA), este projetou e construiu o primeiro túnel de vento hipersônico pulsado no Brasil. Nesta época foi criada o Laboratório de Aerotermodinâmica e Hipersônica no IEAv.
A Divisão de Aerotermodinâmica e Hipersônica (EAH), criada em Dezembro de 2005, tem por finalidade executar as atividades de simulação em laboratório do vôo de veículos aeroespaciais, visando o domínio dos conhecimentos necessários ao atendimento dos programas do Instituto, bem como aos demais setores do CTA. Três subdivisões constituem a Divisão: Subdivisão de Simulação Computacional, Subdivisão de Hipersônica Experimental e Subdivisão de Técnicas de Diagnóstico.
As atividades principais desenvolvidas na Subdivisão de Aerotermodinâmica Experimental estão diretamente relacionadas a este projeto:
- Desenvolvimento, projeto, construção e operação de túneis de vento hipersônicos pulsados;
- Desenvolvimento, projeto, construção e operação de aceleradores hipersônicos de massa;
- Estudos de reentrada de veículos espaciais na atmosfera terrestre e de interação de veículos espaciais com escoamentos hipersônicos;
- Estudo de propulsão de veículos através da tecnologia da combustão supersônica;
- Desenvolvimento de dispositivos impulsionados a combustão supersônica.
As Subdivisões de Simulação Computacional e Subdivisão de Técnicas de Diagnóstico estarão apoiando o projeto com atividades relacionadas, respectivamente: ao desenvolvimento de técnicas computacionais para o modelamento de escoamentos hipersônicos e supersônicos e ao desenvolvimento de técnicas de diagnóstico através de métodos não intrusivos, como a espectroscopia de emissão, espectroscopia de absorção com lasers, fluorescência induzida por lasers, espalhamento Rayleigh e técnicas de visualização de escoamentos (schlieren, shadowgraph).
Maiores detalhes sobre as atividades da Divisão de Aerotermodinâmica e Hipersônica podem ser encontrados no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq, com o nome de Grupo de Aerotermodinâmica e Hipersônica.
Até o presente momento, para o projeto em desenvolvimento, não houve financiamento fornecido através de fundos setoriais.